Blog Fala aí!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Conversa na Padoca.


Hoje (5), como de costume aos domingos ir à padaria tomar aquele reforçado café da manhã.

Tomei um iorgute e depois comi coxinhas de galinha com café pingado. Logo cedo, na fila do caixa já se escutava alguns burburinhos sobre uma futura aquisição do Presidente Lula da Silva para a compra de uma nova aeronave para a Presidência. Aquele assunto foi o início para a relação social de vizinhança legitimar-se.

Sentei no banco junto com o amigo Antônio Carlos, um aposentado do Banco do Brasil de 65 anos de idade e, estava recortando com um cartão de telefone público as principais notícias do jornal O Globo de sábado (4).

Como um clipping, ele recortava só o que interessava e um desses recortes estava o vazamento das informações secretas dos governos de todo o mundo declarada pelo sitio WikiLeaks.

Criado por Julian Assange, o sitio é considerado um novo ícone do jornalismo investigativo e também vem sendo duramente condenado como risco à segurança internacional.

Desde julho de 2007, o WikiLeaks publica documentos delicados por meio do que descreve como "vazamento com princípios". O site já abrigou mais de 1 milhão de documentos, desde o manual da prisão de Guantánamo até a lista de filiados do Partido Nacional britânico, de extrema-direita.

O que se seguiu foi muito engraçado, falamos das relações da antiga União Soviética com o então presidente Gorbachev e o sistema socialista que se ruía na época e dava lugar às relações de produção e consumo.

Antonio suscitava as questões em que na antiga União Soviética, não tinha eletrodomésticos nas casas, mas tinha a melhor tecnologia para a exploração espacial e bélica. “O país precisava de relações de mercado e consumo, Gorbachev foi o responsável por essa transição”, comenta.

Aí caro leitor, você deve está me perguntando o que tem haver os dois temas em comum; a questão da Wiki Leaks com a queda do socialismo na antiga URSS?

As novas tecnologias da informação surgiram em conjunto com o sistema capitalista, mas essas tecnologias precisavam de sociabilização para dar legitimidade à ferramenta.

O que Julian Assange fez em seu sitio, não foi apenas uma questão de violação de dados sigilosos dos países de maior potência, foi simplesmente deixar com que essas informações fossem compartilhadas com o mundo inteiro.

Certo que, isso iria causar o maior reboliço e causou. Então a maioria dos países desenvolvidos economicamente se reúne para discutir sobre o assunto.

Quem fez o que deixou de fazer, foi o bafafá entre os poderosos e que estão à caça do “socialista” que vazou nossos segredos,_- vamos indiciá-lo por estupro, colocamos um bode expiatório, pegamos ele e tudo não passará de engano ou especulação da imprensa. Devem estar comentando.

Sabemos que às novas tecnologias da informação não são totalmente seguras em relações às suas redes e que nada é “secreto”. Toda sistema tem sua base, e todo sistema é vulnerável e sempre existirá um pirata.

A dialética é nua e crua, o bem e o mal, o certo e o errado, o fazer e o não fazer.
O final da conversa com Antonio deu lugar ao lamento perante aos chefes de Estados, pensam que são os donos do poder e que na realidade somos nós os donos do poder.

Bom exemplo esse de Julian.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua opinião sobre o assunto.

O que sou e o que faço

Minha foto
Brasília/Asa Norte, Brasilia/DF, Brazil
Sou Jornalista Graduado, trabalhei em diversas áreas do Jornalismo. Um dos meus trabalhos mais significantes foi produzir o Programa de TV para o MEC; Luz, Câmera Educação em 2008. Fui colaborador dos Jornais Tribuna de São Sebastião (cidade satélite) e repórter de O Distrital.